Este mês trazemos como destaque Wendel Brandão, um jovem percussionista que tem demonstrado através de suas conquistas o quão promissora sua carreira é. Wendel é aluno concluinte do Curso Técnico em Percussão da EMUFPA, na classe do Prof. Vanildo Monteiro, e leva consigo a qualidade da nossa Escola por onde passa.

Em seu currículo, traz a premiação em dois concursos: Etapa Nordeste Jovem Solista e Etapa Nacional Jovem Solista, ambos realizados pelo prestigiado Festival Eleazar de Carvalho, em 2015. Alcançou êxito na participação no concurso PAS BRASIL de Percussão Orquestral (Categoria A), em 2016. É assíduo participante de Seminários, Convenções e Festivais de Música, tais quais: Festival Internacional de Música do Pará (PA); Festival de Música das Américas (PA); Festival Eleazer de Carvalho (CE); Painel Funarte (PA).

Dentre as performances de maior destaque está o solo da peça Affirmation, de Andrew Beall, no concerto realizado com a Orquestra Sinfônica do Ceará, sob regência do Maestro Rafael Luz (Canadá), em julho de 2017. Wendel já participou de vários grupos locais, como Orquestra Sinfônica do Theatro da Paz, Banda Sinfônica Lauro Sodré, Banda Sinfônica da EMUFPA, Banda Sinfônica do Instituto Estadual Carlos Gomes, Grupo de Percussão “Jardim Percussivo”, e Grupo de Percussão do Bacharelado em Percussão. Atualmente é membro do Grupo de Percussão da EMUFPA e da Orquestra Sinfônica Altino Pimenta.

Confira abaixo o bate-papo muito interessante que tivemos com o artista na Escola de Música.

 

Como foi a experiência no Festival Eleazar de Carvalho? Você foi selecionado para ser solista em um dos concertos?

Foi uma grande experiência que abriu portas para conhecer professores, outros instrumentistas, e ser reconhecido a partir de então. Realizei um sonho de infância, que era solar com uma grande orquestra. Por ter vencido dois concursos (Etapa Nordeste e Etapa Nacional, categoria Percussão), fui um dos concertistas do Festival, em São Paulo.

 

Como é a sua rotina de estudos?

Vivo de música, sonho com música. Me dedico praticamente o dia inteiro à música, dividindo o tempo entre o curso técnico, o bacharelado, e nas horas vagas componho música de câmara para percussão, piano e orquestra.

 

Quais as suas perspectivas depois que terminar o curso técnico na EMUFPA?

Acrescentar cada vez mais atribuições ao meu currículo, para que, posteriormente, eu possa realizar um sonho: ser concertista de orquestra.

 

Na sua opinião, quais são as maiores desafios para um jovem performer de música erudita, no Pará e no Brasil, atualmente?

A falta de maiores oportunidades, incentivos e o restrito mercado de trabalho. Também tem o preconceito. Muitas vezes os candidatos à carreira de música ouvem a famosa frase, quando tomam a decisão: “Você vai morrer de fome”. Apesar de tudo isso, depois de formados eles podem encontrar um mercado de trabalho, muitas vezes, melhor do que em outras áreas mais tradicionais que as famílias gostariam que eles seguissem. A música tem uma vantagem: mesmo estando sem emprego formal, o profissional pode ir para o trabalho informal, tocar em eventos, casamentos, na noite, fazer “bicos”. Oportunidades tem.     

 

Que mensagem você deixaria para outros estudantes de música da EMUFPA e de outras instituições da cidade?

O Curso Técnico é muito importante para o currículo musical. Aproveitem para absorver o máximo de conhecimento dos mestres e doutores da Escola de Música. Tanto prático quanto teórico. Para alcançar grandes conquistas sempre haverá adversidades, mas devemos persistir. Vale a pena se espelhar no exemplo dos professores qualificados que a Escola de Música disponibiliza a todos. Vamos viver de música!

 

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